terça-feira, 12 de maio de 2009

O recenseamento geral da população (censo)

A forma mais antiga e também mais directa de conhecer o número de pessoas que habitam um determinado território consiste na realização de uma contagem através da observação exaustiva dos indivíduos, a que se dá o nome de recenseamento ou, de uma forma abreviada, censo.

Os censos são tradicionalmente a contagem da população de um país, que mais recentemente incluiu a sua melhor caracterização e um levantamento do parque habitacional.

É exactamente através dos censos que o país fica a saber:
  • Quantos somos;
  • Como somos;
  • Onde vivemos;
  • Como vivemos.
Breve história dos censos

Já antes da era de Cristo se faziam recenseamentos, geralmente com objectivos militares e de cobrança de impostos. Por isso, a norma era a de as populações se deslocarem aos seus locais de origem e se apresentarem às autoridades locais para o registo de pessoas e/ou bens.
Os vestígios mais antigos da realização destas contagens remontam à civilização Suméria (V a II a.C.). Depois encontramos formas próprias de recensear a população em todas as grandes civilizações antigas: na Mesopotâmia, no Egipto, na China, na Grécia, em Roma, entre outras.
O primeiro censo populacional conhecido no território que é hoje Portugal foi realizado no ano zero, por ordem do Imperador César Augusto e dizia respeito à então província romana da Lusitânia. Posteriormente, na Idade Média, também os árabes efectuaram vários recenseamentos durante a sua permanência na Península Ibérica.
Já após a fundação da nacionalidade foram realizadas várias contagens mais ou menos extensas tendo preocupações sobretudo de ordem militar. A primeira destas operações foi o Rol dos Besteiros do Conto, de D. Afonso III (1260-1279).
Em 1864, realizou-se o I Recenseamento Geral da população portuguesa, que foi o primeiro a reger-se pelas orientações internacionais do Congresso Internacional de Estatística de Bruxelas em 1853, marcando o início dos recenseamentos da época moderna.
Embora estas orientações já indicassem que os recenseamentos deveriam ser realizados de 10 em 10 anos o censo seguinte apenas se realizou em 1878, ao qual se seguiria o censo de 1890. A partir de então os recenseamentos da população têm vindo a realizar-se, com poucas excepções, regularmente em intervalos de 10 anos.
Outro marco importante ocorreu em 1970, quando em simultâneo com o X Recenseamento da população se realizou o I Recenseamento da habitação.


Quem faz os censos?


O Instituto Nacional de Estatística (INE) foi o organismo encarregue da preparação, execução e apuramento dos dados dos censos 2001, o último realizado em Portugal.
Dada a complexidade da operação estatística "Censos 2001", o INE teve a colaboração das autarquias locais. Assim, as Câmaras Municipais responsabilizaram-se pela organização, coordenação e controlo das tarefas do recenseamento na área da respectiva jurisdição; enquanto que as Juntas de Freguesia asseguraram a execução das operações dos Censos 2001 nas respectivas áreas.

Pode consultar aqui os resultados definitivos dos censos 2001.




Os próximos censos realizar-se-ão em 2011.

Fonte: INE


Proposta de trabalho

  1. Para que serve o recenseamento geral da população? Que tipos de dados são analisados neste processo?
  2. Que técnica é usada para a recolha de dados nos censos?
  3. Parece-lhe a técnica mais adequada? justifique porquê.
  4. Como podem os censos contribuir para o melhoramento da eficácia e eficiência da sociedade?

1 comentário:

  1. -um página que me pode orientar na elaboraçao das respectivas respostas?

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