terça-feira, 19 de maio de 2009

A invenção do Fósforo


Hoje em dia quando queremos acender o fogo usamos fósforos. Curtos, finos, feitos de madeira ou papelão, os fósforos de fricção fabricados actualmente têm, no final da ponta, uma quantidade mínima de trissulfato de fósforo, que se decompõe e arde diante de baixas temperaturas e incendeia os demais produtos. Este pequeno, mas essencial evento, só passou a fazer parte da vida quotidiana no final do século XIX quando um sueco finalmente produziu um fósforo seguro.

Os homens conheciam e usavam o fogo milhares de séculos antes que fosse descoberta uma forma de activá-lo quimicamente. Acredita-se que os chineses utilizavam "pauzinhos de fogo" por volta do ano 1000 a.C.. Porém, o elemento básico para fabricar fósforos foi descoberto acidentalmente em 1669 pelo alquimista alemão Henning Brandt. Numa das suas tentativas de transformar metais em ouro, Brandt descobriu o elemento fósforo (em grego "o que traz luz"). Em 1680 o cientista britânico Robert Boyle - um dos fundadores da química moderna - reparou que uma chama era formada quando o fósforo era esfregado no enxofre. Boyle acreditava que a chama não era causada pela fricção, mas sim por algo inerente ao fósforo e ao enxofre. Ele tinha razão. Encontrara o princípio que conduziria à invenção do fósforo. No início do século XIX na Europa foram desenvolvidos diferentes dispositivos químicos para activar fogo, alguns usavam a combinação fósforo-enxofre de Boyle, outros gás de hidrogénio, porém todos eram muito perigosos além de incómodos.

Coube ao farmacêutico John Walker produzir, em 1827, palitos de fósforos que podem ser considerados, apesar do seu grande tamanho, os "precursores" dos nossos fósforos. Palitos menores foram comercializados na Alemanha em 1832, mas ianda eram extremamente perigosos: costumavam incendiarem-se sozinhos dentro da própria embalagem.

Os fósforos feitos em papelão apareceram anos mais tarde e o responsável por esta invenção foi Joshua Pusey, um conhecido advogado americano da Pensilvânia que adorava fumar charutos. Uma dia, Joshua foi convidado a jantar pelo prefeito de Filadélfia e ao se vestir, reparou que a caixa de fósforos que trazia consigo no bolso do colete era grande demais. Pensou consigo: por que razão as caixas de fósforos eram tão grandes? E se os fósforos fossem feitos de papelão ao invés da madeira? Sem dúvida, seriam mais leves e muito menores. Joshua levou adiante a sua ideia e em 1889 patenteou fósforos de papelão.

Curiosidade: mais de 500 bilhões de fósforos são usados a cada ano!


Proposta de trabalho


Tenha em consideração o texto anterior e um equipamento que use no seu local de trabalho com alguma frequência, e elabore uma reflexão com as seguintes questões:
  • Indique a evolução que esse equipamento teve ao longo da história.
  • Refira que vantagens tem a experiência de utilização desse equipamento no seu trabalho (experiência testada e experiência pessoal).
  • Tente explicar de que modo a teoria e a experiência estão na base do desenvolvimento tecnológico do equipamento que mencionou.

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